A primeira testemunha a ser ouvida nas audiências do processo criminal da boate Kiss, que ocorrem desde às 9h55min desta quinta-feira, no Fórum de Santa Maria, foi Azarias Vidal do Nascimento, ex-segurança de uma empresa que era terceirizada pela boate.
Nascimento, que perdeu um filho adotivo na noite do incêndio, teve de ser ouvido como informante, não mais como testemunha, por ter vínculo direto no caso. Quem pediu que ele permanecesse no tribunal foi o advogado de defesa, Jader Marques.
Durante o depoimento, o ex-segurança disse que não trabalhou na noite da tragédia e que estava atordoado com a morte do filho adotivo na época em que prestou esclarecimentos à Polícia Civil.
Ainda, nesta manhã, deve ser ouvido Daniel Rodrigues, gerente da Kaboom _ loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos usados pela banda Gurizada Fandangueira na noite da tragédia.
À tarde, prestarão depoimento, Diogo Roberto Callegaro, primo de Elissandro Spohr (o Kiko, um dos sócios da casa noturna), e Christian Abade Machado, taxista que estava em frente à Kiss na madrugada da tragédia.
Familiares colaram cartazes pedindo por Justiça
Familiares e amigos das vítimas do incêndio coloram faixas com fotos dos 242 mortos, pedidos de justiça e alusivos à campanha Santa Maria Somos Nós, em frente ao prédio do Fórum. Entre os pais que acompanham os depoimentos desta quinta-feira está Adherbal Ferreira:
_ Esperamos que saiam verdades daqui e que se comece a caminhar em direção à justiça _ afirmou o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Entre os réus, apenas Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, acompanha as audiências.
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